top of page

Gordura pode “alimentar” o Alzheimer, revela nova pesquisa

  • Foto do escritor: Guarda Volume PodCast
    Guarda Volume PodCast
  • 3 de out.
  • 2 min de leitura

Quando pensamos em obesidade, logo associamos a problemas no coração, pressão alta ou diabetes. Mas uma nova pesquisa trouxe uma revelação surpreendente: a gordura do nosso corpo pode mandar “recados” perigosos para o cérebro e até alimentar o avanço do Alzheimer.



Como isso acontece?


Nosso tecido adiposo (a famosa gordura corporal) libera pequenas partículas chamadas vesículas extracelulares. Imagine essas vesículas como microcorreios celulares: elas carregam mensagens químicas pelo corpo todo.


O espantoso é que esses minúsculos mensageiros conseguem atravessar a barreira de proteção do cérebro (a barreira hematoencefálica). Uma vez lá dentro, elas podem estimular a formação de placas de beta-amiloide, as mesmas que estão ligadas ao Alzheimer.



O que os cientistas descobriram


Pesquisadores do Houston Methodist, nos Estados Unidos, analisaram amostras de gordura de pessoas obesas e compararam com as de pessoas magras. Resultado:


  • As vesículas de indivíduos obesos carregavam lipídios (gorduras) diferentes.

  • Essas gorduras extras aceleravam a aglomeração das placas ligadas ao Alzheimer.

  • Isso significa que a obesidade não só afeta o corpo, mas também pode alterar diretamente a saúde do cérebro.



Por que isso importa?


O Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas mais temidas e já atinge mais de 7 milhões de pessoas nos EUA. Ao mesmo tempo, cerca de 40% da população americana vive com obesidade. Essa ligação ajuda a explicar por que a obesidade é hoje considerada o principal fator de risco modificável para a demência.



E no futuro?


Os cientistas acreditam que entender esse “diálogo” entre gordura e cérebro pode abrir caminho para novos tratamentos. A ideia é desenvolver medicamentos que interrompam essa comunicação tóxica, reduzindo o risco em pessoas mais vulneráveis.


👉 Curiosidade extra: Nosso corpo não é apenas físico — ele também funciona como uma rede de comunicação interna, onde até a gordura pode influenciar o que acontece no cérebro.


Fonte: Houston Methodist, publicado na Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association (02/10/2025).




📲 Quer mais curiosidades de ciência e saúde? Entre no nosso grupo do WhatsApp [clique aqui].

ree

Comentários


bottom of page